COMEÇOU ONTEM O FESTIVAL MAESTRO FELINTO LÚCIO DANTAS EM SANTA CRUZ/RN

Cartaz do evento - imagem da Intenet

Começou, na noite de ontem (06/12), a quinta edição do Festival Maestro Felinto Lúcio Dantas, evento que prestigia e divulga as Bandas Filarmônicas do estado, cultura que hoje não é muito apreciada pelos municípios do Rio Grande do Norte, visto que há poucas bandas de música espalhadas pelo estado, inclusive, a nossa cidade tinha uma banda de música muito ativa que aparece nos primeiros momentos da história de Santa Cruz/RN, no entanto, entre vários contratempos, é reativada e desativada várias vezes nos últimos anos.

O Festival terá mais uma apresentação na noite de hoje (07/12) a partir das 19h30 no Teatro Municipal Candinha Bezerra com entrada gratuita.

No passado, era fácil ouvir as filarmônicas nas ruas, nos coretos de praças, mas hoje, a cultura está “mudada”, passou a ser o funk, as músicas sem letra, sem harmonia, repetitivas e, no mínimo, pejorativas, pois a tendência é falar de sexo, falar das mulheres como um simples pedaço de carne ou como um objeto.

Entretanto, na contramão das “tendências” de hoje, há cinco anos surgiu o Festival Maestro Felinto Lúcio Dantas por intermédio da ASSOMUSC, a Associação de Músicos de Santa Cruz, a qual, devidamente, aplaudimos de pé pelo empenho em resgatar um passado não tão distante que, se alegravam nossos avós e bisavós e até a nossos pais, por que não poderia nos agradar? Realmente podem e não é difícil, basta fechar os olhos, ouvir o som ecoando dos instrumentos e imaginá-los no passado, como se estivéssemos no momento em que aquele arranjo musical tenha sido tocado pela primeira vez, num fim de tarde, num dia de lazer ecoando do coreto ao centro da praça, tendo em volta casais abraçados ou dançando as valsas delicadamente executadas pelas bandas.

As pessoas não dão mais atenção às músicas tocadas pelas bandas de música, as quais raramente vemos pelas ruas. A ausência das bandas de música e da música pura que enaltecia a beleza das coisas, da vida, que apreciavam a beleza das mulheres sem vulgaridade está esquecida não só pelas prefeituras, em maioria, mas também pelo próprio povo que não valoriza sua história. O que nos lembra de um velho ditado: “não terás honra em seu futuro se não reconhecerdes a tua origem e teu passado”.

Hoje, com muito esforço, a ASSOMUSC e seus pares estão reiniciando os trabalhos de instrução de novos músicos para comporem uma nova formação da Banda Filarmônica centenária de nossa cidade, o que novamente garante aplausos à iniciativa e o empenho em trazer ao presente os tempos gloriosos do passado, onde em breve poderemos ouvir novamente uma bela apresentação na praça, desta vez a céu aberto, não mais num coreto, mas o que importa é podermos ouvir música de verdade.

Seguem abaixo algumas imagens do primeiro dia da quinta edição do evento: